ainda dão a luz
de boitatás, caiporas
e uirapurus
alambiques de cachaça remida
donde tira-se pão e vida
dão falsa esperança de melhora
a embriaguez
o forró cheiroso
Severinas e suas meninas
deitam-se famintas
bucho cheio
de sonhos bobos
de filhos de lendas
de fios de renda
nos sertões estéreis
donde cana nasce
nada mais além de azoto.
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