quinta-feira, 11 de novembro de 2010

aos patativas e assarés

que se pintam em forma de cordéis
intensos, imprecisos
hipertensos, doidivanas
cedo o que há de mais raro

quero-te nas rimas profanas
em meus urais
já não há medidas
para o desmítico
para o encantamento maior
do bem querer

e meu colo sedento
procurou-te nos olhos
de teu criador
e só encontrou o desprezo
de um gozo preso

que não quer se soltar

mas ainda assim
gritava
berrava em vão
meu nome
pagão!
pagão!

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